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terça-feira, 27 de julho de 2010

A ação dos antibióticos nas células


Os antibióticos são fármacos empregados no tratamento de infecções. Algumas destas substâncias são totalmente artificiais, mas existem aquelas produzidas a partir de organismos vivos, tais como as bactérias. Estes medicamentos têm o poder de destruir ou controlar o crescimento de organismos infecciosos do corpo. Quando estes agentes são originalmente produzidos por espécies de microorganismos, portanto de origem natural, são denominados antibióticos. Quando são produzidos de forma sintética, denominam-se quimioterápicos.


Existe um grande número de classificações dos antibióticos, a mais comum os agrupa em função de seu mecanismo de ação perante os agentes causadores de infecção, ou seja, alguns lesionam a parede da célula, outros alteram a membrana celular. A maior parte deles inibe a síntese de ácidos nucléicos, os polímeros constituintes da célula bacteriana. Outra classificação agrupa os antibióticos em função das bactérias contra as quais são eficazes: estafilococos, estreptococos e escherichia, por exemplo. Também podem ser classificados em função de sua estrutura química, diferenciando, desta forma, as tetraciclinas, penicilinas, macrólidos, cefalosporinas, sulfamidas, lincosamidas e outros.

Veremos mais detalhadamente qual a ação desses antibióticos nas células humana e bacteriana:

O objetivo de ação do antibiótico deve ser o mais tóxico possível para o micro-organismo infectante, da mesma forma que deve ser extremamente seguro para as células humanas, ou seja, foram feitos para produzir uma toxidade seletiva. Produzir este tipo de substância é relativamente simples, visto que as células humanas são muito diferentes das dos fungos e bactérias.
Os antibióticos atuam sobre bactérias das seguintes formas:

  - Na inibição da síntese da parede celular:
A parede celular é um envoltório de proteção que reveste a membrana celular bacteriana. Os antibióticos que agem sobre a síntese da parede celular atuam produzindo uma parede com defeitos estruturais atuando sobre o processo de replicação celular, e mostram-se seletivos, isto é, atuam apenas sobre a bactéria e não sobre o hospedeiro pois as células dos mamíferos não possuem parede celular.

-  Na membrana plasmática
A membrana celular possui a função de formar uma parede celular, obstáculo à entrada d'água, contendo lipídios e proteínas carregadores de substâncias necessárias à célula, além de possuir enzimas importantes ao metabolismo celular. Qualquer interrupção destas funções da membrana causará danos à célula.

- Na síntese protéica (translação)
Para que haja reprodução bacteriana é indispensável que ocorra, de modo repetitivo, a união de aminoácidos que constituirão as inúmeras moléculas de proteínas microbianas. Estas proteínas microbianas têm função estrutural e enzimática. A bactéria contém, no seu cromossomo, toda a informação genética necessária à produção de enzimas que atuam na síntese de RNA (síntese protéica). A interrupção, em qualquer ponto desta cadeia por bloqueio de alguma função, susta o crescimento. Haverá, portanto, detenção do crescimento e eliminação da célula bacteriana.

-  Na replicação cromossômica
Algumas drogas atuam inibindo a síntese (metabolismo) dos ácidos nucléicos. Podem atuar no DNA parasitário, inibir a síntese do RNA, inibir o ácido tetrahidrofólico, alterar a estrutura do ácidos nucléicos parasitários, ou reduzir a formação de nucleotídeos. Neste grupo incluem-se as quinolonas.

Concluindo: O antibiótico é um veneno que destrói células de bactérias e deixa as humanas intactas. Todos os antibióticos se aproveitam do fato de que há muitas diferenças entre as enzimas dentro de uma célula humana e as enzimas dentro de uma bactéria. Ele isola a célula afetada, o que acaba por levá-la à morte para que se regenere em uma nova célula transformada. Porém, matar a célula para matar a bactéria, vai causar uma ausência na cadeia celular, ou seja, uma deficiência mínima e imperceptível à visão acadêmica, Mas, para o organismo é grave. Principalmente porque a célula que vai substituí-la retorna com a bactéria reforçada, fortalecida contra novo ataque de antibiótico. E, quando mata a célula, na verdade, interrompe o processo natural de regeneração celular.
Dessa forma, o seu uso deve ser feito quando realmente necessário e unicamente com prescrição médica.


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